domingo, 19 de fevereiro de 2012

HY-BRAZIL - A Ilha dos Bem Aventurados


tradução do poema retirado de: CANTARINO, Geraldo. uma ILHA chamada BRASIL O paraíso irlandês no passado brasileiro.

Hy-Brazil
The Isle of the Blest



No oceano que esculpe rochas onde moras,
Uma terra enigmática apareceu, é o que contam;
Os homens a consideram uma região de luz e descanso,
E a chamaram de O’Brazil, a ilha dos Bem-Aventurados.
Ano após ano, na margem azul do oceano,
A linda aparição se revelava encantadora e suave;
Nuvens douradas encortinavam o mar onde ela se encontrava,
Parecia um Éden, distante, muito distante.

Um camponês, que ouviu a maravilhosa história,
Na brisa do Oriente afrouxou sua vela;
De Ara*, a sagrada, ele rumou para o oeste,
Pois embora Ara fosse sagrada, O’Brazil era abençoada.
Ele não ouviu as vozes que chamavam da costa –
Ele não ouviu o ameaçador rugir dos ventos em ascensão:
Casa, família e segurança ele deixou naquele dia,
E zarpou para O’Brazil, distante , muito distante!

Raiou a manhã no mar, e aquela ilha enigmática
Acima da tênue linha do horizonte, refletiu seu sorriso;
O meio-dia brilhou nas ondas e aquela encosta ilusória
Parecia encantadoramente distante e nebulosa, como antes:
A noite solitária baixou na rota do viajante,
E pra Ara, mais uma vez, ele olhou de volta, timidamente;
Oh! Longe na margem do oceano onde ela se encontra,
Porém, a Ilha dos Abençoados estava distante, muito distante!


Afoito sonhador, retorne! Ó, ventos do mar alto,
Levem-no de volta para sua velha e tranqüila Ara novamente!
Tolo imprudente! Por uma visão de felicidade e irreal
Permutar a vida calma de trabalho e paz!
A voz da razão em vão falou
Ele nunca mais a Ara retornou;
Anoiteceu no mar, entre tempestades e garoa constante,
E morreu nas águas, distante, muito distante!

Para vocês, caros amigos, preciso de pausa para revelar
As lições de prudência que os meus versos ocultam;
De como a ilusão do prazer vista distante na juventude
Muitas vezes seduz um coração fraco pra além da verdade.
Toda encantadora se aparenta, como aquela ilha enigmática,
Que até o olhar do mais sábio é atraído pelo seu sorriso;
Mas, ai do coração que ela desviou
Do doce conforto do dever, para distante, muito distante!

Pobre aventurado desamparado! Em vão pôde
Olhar de volta para a verde Ara ao longe no mar bravio;
Mas o coração do viajante tem acima um Protetor,
Que se lembra do filho, mesmo errante, do Seu amor.
Oh, quem a oferta da segurança iria refutar,
Quanto tudo o que ele pede é a determinação de retornar;
Para seguir uma aparição, dia após dia,
E morrer na tempestade, distante, muito distante!


Gerald Griffin


*Ara ou Ára é uma antiga grafia das Ilhas Aran, um conjunto de três ilhas que fica na costa oeste da Irlanda.


Sláinte!


Um comentário:

  1. nossa ilha Brasil... ailha de todos os celtólogos brasileiros ! mas Celtológos " e não Celtistas cheios de anacronias e vaidades obtusas ! tudo bem para quem quer ser celtomano ou celtomana.. ai é diferente..porque e da tribno de Dana !!!!! bons guerreiros e sábias mulheres ! Kenavo !

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